Oposto

Mariana era uma garota delicada, típicamente delicada.
Ele um forasteiro, que andava por aí fazendo arruaça até que a polícia ouvisse falar sobre ele, então saía pelas estradas novamente. Mas nesse momento ele estava ancorado na Cidade Alta. Não havia muito o que roubar por lá, mas tinha gostado do lugar.
Ela já havia ouvido sobre ele, mas se pelava de medo de encontra-lo.

Ela voltava do Baile, coisa que não era mesmo de seu feitio, mas tinha resolvido ir por insistência das amigas, amigas essas que ficaram no baile dançando com seus pares, mas ela não, já era de se esperar que viria embora cedo - Cedo para suas amigas. Andava desatenta, mas com passos apressados, talvez para esconder o medo da escuridão da noite, dos cachorros moribundos da rua. Ao virar a esquina da rua 23 ouviu gemidos, gelou. Apressou o passo, não tinha outro caminho para ir para casa, o jeito era enfrentar. Passou pela viela, viu sombras, não pode conter-se, olhou, era ele, o forasteiro a espancar um homem qualquer que negou-se a dar-lhe a carteira. Nos olhos dele havia ódio, mas não própriamente dito, era uma expressão de dor e angústia e raiva, parecia estar possuído. Nos olhos dela, medo, apenas medo.
Ficaram parados um instante, como se o tempo tivesse congelado. Ele a olhava, simplesmente. Ela estava paralisada pelo medo. E o pobre homem, não entendia mais nada.
De repente voltou a si, saiu correndo descontrola, sem olhar para trás. Ele abriu os lábios como se quisesse falar-lhe, mas não conseguiu. O homem posse a correr par escapar, um pouco debilitado, mas sumiu rapidamente na esquina. Mas Ele continuava lá, parado.



PS: Tá, eu sou doida assim mesmo de ficar mudando o título da história toda hora e ficar transformando ela em conto e depois destranformando.Bom quem veio aqui procurar o final Sorry.É que ela tava meio "óbivia" de mais como um conto, e pra tirá-la da mesmice ia ter que virar uma novela, então... valeu os coment's.