De repente... Amor? O Fim...

E nessa dúvida, nessa luta interior, Taís foi para a escola.
Na aula de leitura, a professora começou a ler uma poesia que parecia narrar os pensamentos de Taís.

"Amar não é viver triste e nem feliz,
é viver em estado de amor.
O amor é egoísta, mas não pra si,
ele te mantém egoísta em favor do amado.
Sua felicidade?
A felicidade dele.
Ah, quão complexo é o amor...
Como sabê-lo?
Se te levar a esquecer de sí e viver pra fazer feliz,
aí está o amor.
O amor não é ciumento, nem orgulhoso.
Nem vaidoso e ansioso.
O amor tudo suporta e tudo crê.
Tão puro e perfeito é o amor,
não busca interesse ou favor.
Esse é o amor."

Assim que a professora terminou de ler, Taís saiu desesperadamente 'desesperada', deixando todos sem entender nadica de nada.
Correu pelo corredor olhando as salas até que achou.

- Desculpe professor mas posso falar com ela? - Falou recuperando o fôlego e apontando para a direção de Frida.
- Só por um minuto. - Disse o professor observando o cansaço da garota.

Frida levantou-se desconfiada, quase sem querer ir, mas foi. E antes que dissesse alguma coisa...

- Frida, me perdoe!
- Mas pelo o quê Taís?
- Eu sou uma pessoa terrível, me enganei e pensei estar fazendo a coisa certa.
- O que Taís? - Perguntava Frida sem entender.
- Eu quis por um minuto separar você do Ricardo. Perdão, perdão. Eu estava fora de mim.
- Calma, não é culpa sua. Nós não estamos muito bem mesmo, eu já ia terminar com ele.
- Não! Não faça isso! Esse garoto te ama, ele te acha a garota mais capaz de fazê-lo feliz. Ele tem o sonho de casar com você. É tudo culpa minha, eu que fiz isso. Ele ainda te ama, aliás, nunca deixou de te amar!
- Mas o que você esta dizendo? Não entendo, como pode querer tanto assim que eu fique com ele se você gosta dele?!
- É que descobri que o amo, e por isso não posso destruir o sonho dele, não posso vê-lo infeliz. Ame-o, ame-o com toda a sua força, e o faça feliz.
- Mas...
- Por favor, só o faça feliz.

Taís saiu com os olhos cobertos de lágrimas mas com o coração em paz, apertado, mas em paz. Sem olhar para trás, deixando Frida perplexa. Mas com a certeza de que ainda que não o amasse mais, havia amado uma vez.


PS: Eu que fiz o poema.